quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

CASO SUELY


Na foto, delegado Rangel Martino e o investigador Flávio Vilhena (de vermelho) concederam entrevista à imprensa local

A Polícia Civil prendeu, na tarde de ontem (15), o principal suspeito da morte da universitária e funcionária do Jornal de Muriaé, Suely Cristina dos Santos, de 31 anos. O crime ocorreu no dia 15 de novembro do ano passado. O principal suspeito, Sidnei Costa, 41 anos, era coordenador de curso de ensino superior, ex-assessor de imprensa da prefeitura e foi preso quando saía de uma reunião na faculdade.

Sidnei Costa chegou à 38ª Delegacia de Polícia prestou depoimento e foi transferido para a delegacia de Eugenópolis, de responsabilidade do delegado Bruno Sales Mattos, que presidirá o inquérito a partir de agora.

A prisão temporária pode durar até 30 dias, pois o crime investigado é considerado hediondo. Entretanto, pode ser prorrogada pelo mesmo período, caso seja necessário. A Polícia Civil optou por este tipo de prisão por entender que havia indícios suficientes de autoria. “Logicamente isso terá que ser referendado pela juíza competente da comarca de Eugenópolis”, disse o delegado de Mulheres, Rangel Martino de Oliveira Paiva.

Segundo a Polícia Civil, os levantamentos realizados não apontaram algum tipo de antecedente criminal em relação ao suspeito. Mas não está descartada a possibilidade, no decorrer das investigações, de regressar a vida de Sidnei, enquanto policial militar, no período que morou em São Paulo, dados que são de difícil acesso.

Linha de Investigação

De acordo com informações do delegado de Mulheres, que efetuou a prisão temporária, primeiramente a polícia fez levantamentos sobre a vida de Suely Santos. Para isso, foram chamadas a depor pessoas que tinham relacionamento direto com a vítima. Os depoimentos foram cruzados com as provas materiais, subjetivas e objetivas, como a bilhetagem da conta de telefone usado por Suely. “Fomos eliminando alguns suspeitos e com a ajuda de testemunhos chegamos ao atual nome. Sidinei em nenhum momento reconheceu a autoria do fato, mas em contra-partida, não consegue refutar as provas”, afirmou Rangel. No entendimento do delegado ele pode ter realizado o crime com o auxílio de outra pessoa.

Segundo as informações da Polícia Civil as três últimas ligações que Suely realizou do telefone foram para o celular de Sidnei Costa, as ligações duraram aproximadamente 30 segundos, 8 minutos e 40 segundos. As constatações entravam em conflito com o depoimento do suspeito que havia dito não ter contato com a vítima há mais de 60 dias.

Nesse momento existe outra pessoa presa, mas o motivo não apresenta conexão com o crime, contudo este indivíduo prestou informações relevantes para o desfecho das investigações: ele teria visto Suely momentos antes do crime.

Para chegar a prisão do principal suspeito foram necessários 60 dias de investigação ininterrupta. “Isso é apenas a ‘ponta do iceberg’ muita coisa ainda pode acontecer”, mencionou já que outras pessoas poderão ser intimadas a depor, não só na delegacia, mas em juízo.

No final da entrevista o delegado de Mulheres, agradeceu ao investigador Flávio Vilhena, um dos responsáveis por desvendar os fatos.

O crime

Suely foi encontrada morta com seis tiros e duas perfurações ocasionadas por algum material cortante, na manhã do dia 15 de novembro. O cadáver estava caído à margem da BR 356, na região da Pratinha, nas imediações do município de Eugenópolis.

Na noite anterior, Suely Santos fez a cobertura de um evento da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), no Colina Country Club, quando não voltou mais para casa. O marido da vítima saiu cedo para trabalhar e só ficou sabendo da morte da esposa quando estava no trabalho.

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