A partir do dia 1º de abril a Casa de Saúde Santa Lúcia não atenderá os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) em seu Pronto-Socorro. Dessa maneira estão suspensos os atendimentos de urgência e emergência daqueles que utilizam o SUS. O setor funcionará apenas para as pessoas que possuem planos de saúde ou convênios.
De acordo com o advogado e consultor da instituição, Eduardo Henrique Reis, a decisão foi tomada após a verba que era destinada ao pronto atendimento do SUS ser reduzida de R$25 mil para R$5 mil. “Desde outubro já havíamos entrado em contato com a Secretaria Municipal de Saúde e avisamos que o valor repassado anteriormente já era insatisfatório, pois se fossemos dividir esse montante pelo número de atendimentos chegaríamos a um denominador menor que R$10,00 reais por paciente. O atual repasse geraria uma média de menos de R$2,00. Entretanto, estão mantidos para os pacientes do SUS os atendimentos especializados, como as cirurgias”, disse Eduardo, ao informar que a instituição atende cerca de 3 mil pessoas, por mês, no Pronto-Socorro.
Diante da impossibilidade de manter o serviço para os usuários do SUS, uma vez que somente os gastos com médicos plantonistas ultrapassavam esse valor, a Casa de Saúde Santa Lúcia enviou um ofício para a Secretaria Municipal de Saúde, a Gerência Regional de Saúde em Ubá e para o Ministério Público comunicando a decisão e expondo as razões.
O advogado acredita que, com a decisão válida a partir do dia 1º de abril outras instituições especializadas, e principalmente, a Casa de Caridade Hospital São Paulo ficarão sobrecarregadas, pois os usuários do SUS que antes tinham o atendimento garantido na Casa de Saúde terão que se dirigir para esses locais. “Queríamos deixar bem claro que essa decisão não tem nada a ver com questões políticas”, afirmou.
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Foto: Magno Lopez
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