segunda-feira, 4 de maio de 2009

Diretora geral do DEMSUR presta esclarecimentos a vereadores de Muriaé

Convocada pelos vereadores da atual legislatura, a diretora geral do Departamento Municipal de Saneamento Urbano (DEMSUR), Maria Aparecida Monteiro, compareceu à Câmara na noite de segunda-feira, 25 de maio. A reunião com os representantes do poder legislativo foi aberta à população e serviu como esclarecimento em relação às denúncias feitas recentemente por um veículo de comunicação da cidade contra a servidora pública.
Maria Aparecida Monteiro assumiu a direção geral do DEMSUR em janeiro de 2008, a convite do prefeito José Braz. Antes disso, estava atuando no setor técnico da autarquia, nomeada através de concurso público realizado em 1998.
Entrevista

Como a senhora avalia a sua participação na Câmara Municipal?

Penso que o saldo foi altamente positivo. Eu estava ansiosa para esclarecer os fatos. Enquanto funcionária e diretora geral do DEMSUR, prezo pela qualidade dos serviços prestados pela autarquia. Após os questionamentos, vários vereadores fizeram inúmeros elogios a mim e também ao prefeito, por ter escolhido uma funcionária de carreira para gerir o DEMSUR. Deixei claro que todos os documentos estão à disposição – inclusive a minha declaração de bens e meu sigilo bancário. Não tenho o que temer.

De que forma a senhora procurou se defender das acusações que lhe foram feitas?

Eu já havia encaminhado resposta por escrito ao requerimento que fora enviado a mim. A este ofício, anexei documentos que comprovam as falsas afirmações que foram feitas a meu respeito. Entre estes documentos, estavam as certidões de doação e herança de uma fazenda – muito citada de forma negativa em reportagens – que pertenceu a meu avô e, posteriormente, a meu pai. Então, a propriedade já pertence à minha família há mais de 100 anos.

Também há documentos referentes a licitações?

Sim. Apresentei aos vereadores um resumo de licitações realizadas para compra de reservatórios de água e a empresa citada nas reportagens – com a qual, segundo elas, eu teria ligação – não foi vencedora de nenhum processo entre 1994 e 1997. E apresentei cópia do processo de licitação para compra do reservatório da estação de tratamento de água da Gávea, em 2006, em que pode ser constatado que tal firma foi a segunda colocada. Todos estes documentos estão no DEMSUR e já foram vistoriados diversas vezes pelo Tribunal de Contas, sem jamais serem questionados – pelo contrário, foram elogiados. Ainda assim, continuam à disposição das autoridades, para a realização de quaisquer investigações que se façam necessárias.

Qual foi sua reação quando recebeu as primeiras denúncias?

De forma irreponsável, tentaram denegrir minha reputação e manchar minha imagem. No entanto, quando tomei conhecimento das matérias, imediatamente encaminhei representação ao Ministério Público pedindo apuração da veracidade das afirmações, que não passam de calúnias.

Existe a possibilidade de deixar a direção do DEMSUR?

Este cargo me foi confiado pelo prefeito e, enquanto for da vontade dele, estou disposta a permanecer. Queremos fazer da instituição uma empresa-modelo na região, com excelência em saneamento. Nunca almejei o cargo e, quando fui convidada, tive até receio de aceitar. Então, quando assumi, sabia que seria difícil e que passaríamos por momentos difíceis. Mas, no fim de 2008, o DEMSUR foi contemplado com o 7º Prêmio Furnas Ouro Azul e vimos que nosso trabalho tem tido retorno positivo. Quem me conhece, sabe o quanto me dedico ao DEMSUR, e o apoio que recebi dos funcionários e do próprio prefeito me motivaram a continuar.

O episódio do veto que dois vereadores receberam ao tentarem entrar na estação de tratamento de água (ETA) da Gávea gerou polêmica. Qual a posição do DEMSUR em relação ao assunto?

Deixei claro que em nenhum momento foi proibida a entrada de vereadores na estação. O que foi feito é restringir o acesso à ETA a somente funcionários ou pessoas autorizadas. Esta restrição na portaria faz parte de medidas que visam uma melhor organização do setor, por uma questão de segurança. O porteiro, portanto, não tinha autorização para deixá-los entrar na estação. Mas os vereadores em questão, apesar de não terem tido acesso à ETA naquele momento, foram prontamente atendidos em suas solicitações pelo serviço 195. Foi apenas uma questão organizacional, e os vereadores entenderam a situação. E já providenciamos métodos a fim de evitar que fatos assim voltem a acontecer.
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Entrevista: Assessoria de Comunicação Prefeitura de Muriaé

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